Esta moção se justifica tendo em vista que esta categoria de trabalhadores(as) da educação amargam um intenso processo de empobrecimento, sem qualquer reposição salarial desde novembro de 2014. São quase sete anos de congelamento, agravados pela recente perda de direitos com a aprovação de mudanças nos planos de carreira, eliminação de vantagens, redução de adicionais e alterações na Previdência.
Ainda, por mais de 60 meses, os profissionais da educação receberam salários atrasados e parcelados, desprovidos do direito de conhecer o dia do pagamento do próprio salário com o mínimo de antecedência. Esta política inviabilizou a programação pessoal e financeira dos trabalhadores(as) e empurrou a categoria ao endividamento.
Também, cabe salientar que de acordo com o INPC, a inflação acumulada entre novembro de 2014 e março de 2021 chega a 44,18%, portanto, se a inflação foi elevada, os trabalhadores(as) da educação que estão entre os servidores(as) mais mal remunerados do Estado, foram os que mais perderam.
Outrossim, esta categoria está trabalhando dobrado desde o início da pandemia, arriscando-se nas aulas presenciais e, quando no ensino remoto, utilizando equipamentos pessoais e pagando Internet e luz com os próprios recursos para não deixar desassistidos os estudantes que dependem da escola pública.
Diante do exposto, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade a presente moção, já que, esta categoria realiza uma atividade essencial, e sua valorização salarial e profissional devem ser prioridades para o Rio Grande do Sul. A moção será encaminhada à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e ao Palácio Piratini, pleiteando pela reposição das perdas salariais acumuladas pelos(as) trabalhadores(as) da rede estadual de educação.